O Muro das Lamentações: O elo sagrado com a história judaica
O Muro das Lamentações, também conhecido como Kotel, é um local de extrema importância religiosa para os judeus. Trata-se do único vestígio remanescente do antigo Templo de Herodes, construído no lugar do Templo de Jerusalém original. Localizado no monte do Templo, é considerado o segundo local mais sagrado do judaísmo, atrás apenas do Santo dos Santos.
Antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967, o local era conhecido como Mughrabi Quarter ou Quarteirão Marroquinho, e 135 famílias árabes foram removidas para abrir espaço para a esplanada do Muro das Lamentações. Desde então, o local se tornou um ponto de encontro para judeus de todo o mundo, que vêm orar, depositar seus desejos por escrito em pequenos pedaços de papel e colocá-los entre as frestas das pedras do muro.
Os restos que atualmente existem datam do período de Herodes o Grande, quando foram construídos grandes muros de contenção ao redor do monte Moriá, expandindo a pequena esplanada onde foram erguidos o Primeiro e o Segundo Templo de Jerusalém. Hoje, essa área é conhecida como a Esplanada das Mesquitas, e o Muro das Lamentações continua a ser um local de profundo significado espiritual e histórico para os judeus.
Desde que pisei em Jerusalém, senti uma energia diferente no ar. A cidade, com sua longa história e significado para várias religiões, é um lugar único no mundo. E, para mim, brasileiro, criado ouvindo histórias bíblicas, estava prestes a viver um momento especial: a visita ao Muro das Lamentações.
Ao se aproximar do muro, o caminho por entre as estreitas ruas da Cidade Velha é uma viagem no tempo. O burburinho dos vendedores, o aroma dos temperos e a diversidade de pessoas – tudo se combinava para criar uma atmosfera de reverência e expectativa.
Quando finalmente cheguei ao Muro das Lamentações, fui tomado por uma emoção profunda. Ver tantas pessoas, de diferentes origens e crenças, rezando e colocando suas orações nos pequenos espaços entre as pedras foi tocante. Mesmo estando tão longe de casa, senti uma conexão com aquele lugar e com todos os presentes.
Ao me aproximar e tocar o muro, pude sentir sua textura áspera e fria, carregada de séculos de história e fé. Fechei os olhos e, por um momento, senti a presença de todas as gerações que passaram por ali, deixando suas esperanças, alegrias, tristezas e pedidos.
Deixei-me ficar ali por um tempo, apenas observando e refletindo. Pensei em minha família no Brasil, nas histórias que cresci ouvindo e em como, apesar das enormes distâncias geográficas e culturais, lugares como o Muro das Lamentações nos unem em nossa humanidade e busca espiritual.
Ao terminar a visita ao Muro das Lamentações, senti uma mistura de gratidão e humildade. Grato por ter tido a oportunidade de estar em um lugar tão icônico e significativo, e humilde por ter sido lembrado da pequenez humana diante da vastidão da história e da fé.
Visita ao Muro das Lamentações
, uma parte do muro de arrimo que sustentava uma das paredes do antigo Templo de Herodes. Após a destruição do templo pelos romanos no ano 70, o muro sobreviveu como um símbolo da fé e resistência judaica ao longo dos séculos. É um local de grande devoção e oração para os judeus, que visitam o local para se conectar com sua história e tradição religiosa.Antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967, o local era conhecido como Mughrabi Quarter ou Quarteirão Marroquinho, e 135 famílias árabes foram removidas para abrir espaço para a esplanada do Muro das Lamentações. Desde então, o local se tornou um ponto de encontro para judeus de todo o mundo, que vêm orar, depositar seus desejos por escrito em pequenos pedaços de papel e colocá-los entre as frestas das pedras do muro.
Os restos que atualmente existem datam do período de Herodes o Grande, quando foram construídos grandes muros de contenção ao redor do monte Moriá, expandindo a pequena esplanada onde foram erguidos o Primeiro e o Segundo Templo de Jerusalém. Hoje, essa área é conhecida como a Esplanada das Mesquitas, e o Muro das Lamentações continua a ser um local de profundo significado espiritual e histórico para os judeus.
Desde que pisei em Jerusalém, senti uma energia diferente no ar. A cidade, com sua longa história e significado para várias religiões, é um lugar único no mundo. E, para mim, brasileiro, criado ouvindo histórias bíblicas, estava prestes a viver um momento especial: a visita ao Muro das Lamentações.
Ao se aproximar do muro, o caminho por entre as estreitas ruas da Cidade Velha é uma viagem no tempo. O burburinho dos vendedores, o aroma dos temperos e a diversidade de pessoas – tudo se combinava para criar uma atmosfera de reverência e expectativa.
Quando finalmente cheguei ao Muro das Lamentações, fui tomado por uma emoção profunda. Ver tantas pessoas, de diferentes origens e crenças, rezando e colocando suas orações nos pequenos espaços entre as pedras foi tocante. Mesmo estando tão longe de casa, senti uma conexão com aquele lugar e com todos os presentes.
Ao me aproximar e tocar o muro, pude sentir sua textura áspera e fria, carregada de séculos de história e fé. Fechei os olhos e, por um momento, senti a presença de todas as gerações que passaram por ali, deixando suas esperanças, alegrias, tristezas e pedidos.
Deixei-me ficar ali por um tempo, apenas observando e refletindo. Pensei em minha família no Brasil, nas histórias que cresci ouvindo e em como, apesar das enormes distâncias geográficas e culturais, lugares como o Muro das Lamentações nos unem em nossa humanidade e busca espiritual.
Ao terminar a visita ao Muro das Lamentações, senti uma mistura de gratidão e humildade. Grato por ter tido a oportunidade de estar em um lugar tão icônico e significativo, e humilde por ter sido lembrado da pequenez humana diante da vastidão da história e da fé.